quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Pena que acabou.

Cotação : 4 Estrelas

"No fim das contas, o tema principal desta história não são nem os espiões nem os organismos secretos dentro do Estado, e sim a violência de todos os dias cometidas contra as mulheres, e os homens que tornam isso possível."
O desabafo de Mikael Blomkvist na página 627 de "A Rainha do Castelo de Ar", parte final da trilogia Millenium, talvez seja a mais exata tradução do espírito da genial saga criada por Stieg Larsson. Dos três livros, esse é o que o único que não tem uma existência independente, ou seja, é uma sequência imediata dos acontecimentos do volume 02, o auge da série.
Os amigos de Lisbeth, Mikael à frente, travam uma batalha para provar a inocência da hacker lutando incessantemente contra uma organização semi-clandestina da polícia nórdica.
Larsson abusa dos detalhes sobre os bastidores do serviço secreto sueco, jogando o romance em um turbilhão que lembra em muito as intrigantes tramas do injustiçado Frederick Forsythe, na minha opinião, um dos mestres do gênero. Apesar dessa "gordura" que aumenta exponencialmente o número de personagens (com destaque para Rosa Figuerola), "A Rainha" é um capítulo final digno dessa grande criação, que marca de forma definitiva a moderna literatura policial internacional. Pena que acabou.

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