segunda-feira, 12 de setembro de 2011

A Suécia na primeira divisão do romance policial.

Cotação : 5 Estrelas.


Para aqueles que só se lembravam da Suécia como um país distante onde o Brasil ganhou o seu primeiro título mundial de futebol, ou ainda por ser a terra famosa pelas louras desinibidas, "Os Homens que não amavam as mulheres", o primeiro volume da trilogia Millenium de Stieg Larsson, coloca o país na primeira divisão da literatura policial.
Larsson morreu em 2004 sem testemunhar o sucesso mundial de sua criação. Era um típico jornalista gauche, retratado por seu alter ego no livro, o intrépido Mikael Bromkvist, responsável pela revista Millenium. O jornalista denuncia as práticas desonestas de um famoso financista, mas é condenado por difamação, o que quase arruina sua carreira e a de sua publicação. Quase ao mesmo tempo, se envolve na investigação do desaparecimento de uma jovem integrante da poderosa família Vangler, em troca de provas que possam salvar sua reputação.Este é o enredo básico mas as surpresas e reviravoltas dão à história um atmosfera única de mistério e emoção presentes nas grandes narrativas policiais. Mas apesar de todas essas qualidades, o grande gol de placa de Stieg Larsson foi a criação da personagem Lisbeth Salander.
A jovem hacker, quase punk, que auxilia Mikael a desvendar os mistérios da obra, é uma verdadeira atração à parte. Sua figura ilumina toda a trama e pode desde já integrar o seleto grupo dos personagens símbolo do gênero. Ela praticamente "rouba" o livro.
Uma pena que a saga de Lisbeth e Mikael fique limitada a três livros.Larsson tinha ainda muito a contar sobre as aventuras desses personagens ímpares.

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